Após algumas comparações linguísticas, verifiquei que é possível aferir a influência de um país noutro através dos vocábulos assimilados pela Língua.
Sem grande esforço encefálico lembramo-nos facilmente de uns quantos estrangeirismos de origem inglesa, italiana, francesa, etc..
O engraçado da coisa é verificar como essa influência se tem verificado:
Do inglês, chamados anglicismos, temos computador e mais umas dezenas ligados à Informática, e ainda single, rock, andebol, ténis, etc.
De Itália vieram o capuchinho, piza e uns quantos ligados à música, tais como, allegro, mezzo…
Do francês, também apelidados de galicismos, adoptamos batom, croissant, ballet, blá, blá.
O português influenciou bastantes línguas, normalmente, através de nomes ligados às viagens aos “novos mundos”. Por exempo, o Inglês foi buscar as palavras zebra, caravela, China, flamingo… E, uma muito conhecida, é o “origatô” (mais ou menos assim pronunciada) do japonês, que é uma cópia do nosso obrigado. Parece que já na altura os portugueses eram educados e agradecidos, pois deveriam dizer repetidamente aquele vocábulo.
Bem, isto leva-me a algumas conclusões. Eu vou retirar duas. A primeira, que certamente já deu lugar a estudos académicos, é que é possível verificar quando determinado povo teve influência, tecnológica ou outra, no mundo. Basta ver quando os vocábulos foram assimilados pelas outras línguas.
A segunda, que pessoalmente me interessa mais, é verificar o que as outras línguas nos legaram. Do Inglês veio a tecnologia moderna, de Itália música e umas comidas boas que engordam. Agora de França vieram palavras que, para serem pronunciadas, obrigam a colocar os lábios e toda a cavidade bucal numa posição esquisita. Por outras palavras, são termos que qualquer homem tem vergonha de pronunciar.
Eu dou uma sugestão. É sempre possível dizer-se que se está a comer um bolo com ou sem chocolate, enquanto a esposa está a pintar os lábios para depois irem ver uma dança onde os executantes andam em bicos dos pés. É mais longo, demora mais tempo a dizer, mas é mais digno.