Muitas vezes o cooperativismo é visto como algo errado. Quase sempre é entendido como a protecção “indevida” entre elementos de um grupo de interesses.
Acontece que nem sempre assim é. E posso afirmar isto porque nas minhas andanças desportivas, quer a pé quer de bicicleta, verifico que entre os entusiastas dessas modalidades existe um convívio simples mas salutar. E não estou a referir-me a velhos amigos ou conhecidos. Aludo-me a perfeitos desconhecidos, a quem o simples facto de comungarem de um interesse os impulsionam a desejar um bom dia aos outros com quem cruzam nos seus trajectos.
No último domingo, por exemplo, no passeio de bicicleta em família, o elo de ligação rápida da corrente fez o favor de saltar do local devido. E lá estava eu com as mãos sujas de lubrificante usado a tentar recolocar tudo aquilo. Durante esse espaço de tempo, todos os que passavam quer de bicicleta quer de automóvel com bicicletas nas barras de tejadilho paravam e perguntavam se necessitava de ajuda. Por acaso não precisava, mas se fosse necessária lá estava ela. E várias vezes.
Um bem-haja a cada um daqueles que assim procedem.