terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Evolução, modernices e outras coisas

Há quem ache que o processo evolutivo é benéfico e também há quem defenda o conservadorismo com unhas e dentes. Enfim! Eu revejo-me em ambas as opiniões.
Mas, gosto de uma boa troca de ideias e as que eu considero mais engraçadas são aquelas em que se defendem os extremos.
Há pouco tempo, estava numa tagarelice daquelas sem assunto definido e na qual um dos intervenientes defende o regresso ao passado. Tudo era melhor. As pessoas eram mais simples, honestas e prestáveis, e tinham menos preocupações.
Eu diria que sim, mas menos preocupações não quer necessariamente dizer menores. Por exemplo, os meus avós nunca se preocuparam com avarias nos automóveis e nos electrodomésticos (ou até com o pagamento do IRS), simplesmente porque não os possuíam ou nem sequer tinham sido inventados. Não podemos com isto afirmar que não tinham problemas igualmente gravosos.
No outro extremo, mais e melhor são as palavras de ordem. Neste seguimento, um outro interlocutor do grupo refere que o bom era existir um automóvel que nos levasse aos destinos sem que necessitássemos de conduzir. Bem, com mais umas patacoadas, a conversa ficou por ali.
Mas claro, eu interessado que sou por estes assuntos fui pesquisar acerca do desenvolvimento automóvel. E não foi preciso um grande investimento na leitura de revistas técnicas e na navegação pela Net.
Afinal aquele conceito já está disponível, há bastante tempo, com os comandos a serem dados por voz e aplicável à generalidade das marcas automóveis.
Aliás é até muito comum. Chama-se táxi.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Frases com sumo

Algumas vezes estou a ver televisão, a ler um texto ou a ouvir alguém a discursar, e passado algum tempo verifico que não me lembro de boa parte da cena.
Isto porquê? Tão simplesmente porque foi dita ou estava escrita uma frase ou ideia que me fez levar os pensamentos para longe. Continuo, sim senhor, a olhar para o ecrã, para o livro ou para a pessoa, mas estão envoltos em névoa.
E não é preciso uma locução daquelas que ficam para sempre e que se encontram nos sítios de frases célebres na Net. Nada disso. Basta, outrossim, algo que, naquele dia, naquele momento, faça pensar. Pode ser pela forma inteligente, engraçada ou pela estupidez.
Uma que li há bem pouco tempo e que me ficou foi: a maioria das pessoas não têm culpa alguma mas sofrem com as consequências dos actos de poucos. Esta fica assim, não direi mais nada, pois é demasiado séria para ser tratada neste espaço.
Outra, não pela importância, mas pelo engraçado da coisa, foi dita por Marcelo Rebelo de Sousa no programa do Nicolau. Referia-se às férias na neve, que alguns fazem com o intuito de esquiar, e disse: “É demasiado caro para o chato que é”. Eu achei graça e dou-lhe razão. Andar encosta a cima encosta abaixo repetidamente parece-me estúpido e serve apenas para os executantes mostrarem o seu nível monetário. É um pouco mais ou menos como o golfe. "Quero fazer desporto, tudo bem, mas pago a outro para carregar o saco e desloco-me em carrinho eléctrico". Se querem fazer desporto, carreguem o próprio saco e andem a pé. Aí sim.
Quanto à neve e quanto ao divertimento, aquela apenas serve para duas coisas. Para fazer os bonecos de neve e umas bolas que se atiram aos outros. Peço desculpa aos possuidores de skis, mas há coisa mais divertida de fazer-se?