quinta-feira, 26 de julho de 2012

A relatividade do tempo

Há “pouco tempo” editei aqui uma mensagem sobre o final das férias. O problema é que sendo há pouco tempo, já lá vai um ano e o novo período de férias volta a estar no fim. Como é possível ter passado tanto tempo?
Eu, que ando constantemente à procura de justificações para as muitas coisas que não sei ou não entendo, muito possivelmente irei passar este próximo ano nessa demanda (como diriam os nossos irmãos brasileiros) e, no final, colocarei certamente a mesma questão sem obter resposta.
Mesmo sem saudosismo associado, lembro-me que quando o número que representava a minha idade era constituído pelo algarismo "um" em primeiro lugar, um ano era uma coisa enorme. Tudo aquilo que era calendarizado para o ano seguinte era como se fosse para acontecer no dia de São Nunca à tarde.
A minha explicação para essa situação, válida até prova em contrário, é que os períodos de tempo estão cada vez mais curtos.
Passo a apresentar as provas:
Uns estudiosos professam que as estações do ano estão trocadas. No Verão é Inverno e vice-versa. Isto indicia alguma coisa.
Outros dizem que actualmente as pessoas vivem mais. A esperança de vida das mulheres em Portugal ultrapassa os 80 anos.
Ora assim sendo, o erro está, não na contagem, mas sim na definição de ano. Eu acho que as pessoas não atingiriam a atual esperança de vida, se os anos de calendário fossem de igual duração dos ocorridos no séc XIX, mas alguém foi cortando o tempo sucessivamente e sem que dessemos por isso (Não sei quem, mas haverá certamente gente com capacidade de influência e que ganha com isso).
Portanto, o meu cartão de cidadão refere que terei 45 anos, mas a minha idade bem contadinha e sem a interferência de que falei não seria superior a 35.