terça-feira, 6 de março de 2012

Os ratos também ditam a moda

Não sei se serei o único a não perceber o porquê da maioria das modas. E encontro-me nesta situação por três ordens de razão.
Primeiro, com excepção daquilo que é determinado pelos avanços tecnológico e do conhecimento, a maioria das mudanças que ditam uma nova moda, apenas pretendem conduzir ao consumo. Um exemplo claro é a renovação dos equipamentos dos clubes de futebol, que em alguns casos até leva à descaracterização da sua imagem histórica.
Segundo, amiudadas vezes, caminhamos para uma opção pior do que a anterior (aceito que os gostos são discutíveis). Verifica-se no uso de calças propositadamente rotas e desgastadas. Mais incrível ainda é o facto de serem geralmente mais caras do que as originais, ou seja levo uma peça desgastada, com menos material porque tem buracos, mas pago mais. Já vi algumas em que o tecido em falta daria para fazer outras.
Terceiro, na maioria das situações, volta-se ao início do ciclo. É o exemplo dos casacos de fato completo. Ao longo do tempo foram sendo com uma racha, com duas rachas, sem racha, com uma racha e novamente com duas rachas. Ou seja, nada de novo. Certamente, há uns senhores que vão ao sótão, verificam o que está lá há mais tempo, e escolhem para tendência do ano.
Ninguém me tira da cabeça que as calças rotas surgiram porque um exemplar foi roído por um rato enquanto esteve no dito sótão à espera de melhores dias. O criador de moda que já tinha agendado um desfile para essa noite não teve outro remédio senão utilizá-las mesmo assim. E não é que teve sucesso. Para bem dele e mal nosso.

Sem comentários:

Enviar um comentário